O QUE É LINFOMA?
Em geral, face à natureza circulatória da linfa, os linfomas são considerados doenças que afectam todo o organismo, e não apenas a área visivelmente afectada pelos gânglios aumentados. A estas situações clínicas dá-se o nome de "doenças sistémicas".
Muitos dos sintomas do linfoma surgem devido ao aumento dos gânglios provocado pela concentração de linfócitos anómalos. Os sintomas exactos dependem do local onde estes gânglios aumentados se localizam. Além disso, os linfócitos anómalos não conseguem cumprir adequadamente as suas funções de defesa, no sistema imunitário e se não forem tratadas, as pessoas que sofrem de linfoma apresentam uma maior tendência a contrair infecções.
Os linfomas podem dividir-se em dois grupos principais:
- Linfoma não-Hodgkin (ou LNH)
- Linfoma de Hodgkin (também conhecido como doença de Hodgkin)
O linfoma maligno canino é um grupo
heterogéneo de neoplasias com origem nas células
linfóides, podendo atingir praticamente
todas as regiões do organismo.
O linfoma é uma doença de caráter maligno que acomete os linfonodos (gânglios), e se estende para outros órgãos como baço, fígado, pulmões e rins. Animais a partir de 7 anos de idade são os mais afetados. A forma mais comum do linfoma se inicia por um aumento dos gânglios, principalmente aqueles localizados abaixo da mandíbula.
Perda de peso e diminuição do apetite também podem ser notados. Com a
progressão da doença, todos os outros gânglios, internos ou periféricos, são
afetados e ficam bastante aumentados, podendo causar incômodo para o animal.
Outras formas da doença, menos comuns, aparecem com sinais digestivos (vômito e
diarréia), respiratórios (quando há metástase pulmonar) ou cutâneos.
O linfoma é um tumor maligno, mas pode ser tratado visando o prolongamento da vida do animal. Não existe cura. O diagnóstico é feito através do exame clínico, análises dos gânglios (biópsia ou citologia por aspiração), ultra-sonografia, raio-X e exames laboratoriais.
O tratamento usado é a quimioterapia e a radioterapia, mas esta última ainda não está disponível no Brasil para uso em animais. A associação de várias drogas irá promover, em muitos casos, a diminuição dos gânglios e melhora no estado geral do animal. Porém, todos esses medicamentos, além de matar as células do tumor, atingem outras células que se proliferam rapidamente como as células sanguíneas e de defesa (glóbulos brancos).
Com isso, o animal poderá ter anemia e baixíssima resistência durante o tratamento com quimioterapia. Por esse motivo, o animal que está fazendo quimioterapia deve ser monitorado com exames de sangue frequentes, o que torna o tratamento caro. As drogas também podem causar efeitos colaterais como diarréias e vômitos. A expectativa de vida de um animal com linfoma é muito variável.
Se não for tratado, o cão não resistirá mais do que 6 ou 8 semanas. Com a quimioterapia, o animal poderá ter uma sobrevida bem mais longa, variando de 2 meses até 2 anos. Apesar de todo o tratamento, com o passar do tempo o tumor irá se tornar resistente às drogas, o cão voltará a ter os sintomas e irá a óbito em decorrência da doença.
Devemos tratar o animal até o momento em que a doença ou o próprio tratamento cause danos ao organismo incompatíveis com a vida e que levem o cão ao sofrimento. Só nesse momento o sacrifício é indicado.
Opções terapêuticas
- Quimioterapia
- Terapêutica
com anticorpos monoclonais
- Terapêutica
com Radiação
- Observar e
esperar
- Transplantação
- Cirurgia
- Controlo dos
sintomas
Antes de se poder iniciar o tratamento, é importante estabelecer se o linfoma é indolente ou agressivo e também o seu estadio. Este processo pode envolver investigações laboratoriais e a colheita de amostras das células afetadas ou uma 'biopsia'. Estes exames fazem parte integrante do plano de tratamento.
É melhor esperar
pelos resultados de todas as investigações antes de se tomarem decisões finais
sobre o tratamento a administrar. Embora possa parecer que a realização destes
exames está a adiar desnecessariamente o tratamento, este atraso será
compensado pela garantia de que se administra o tratamento mais adequado.
Os factores mais
importantes a ter em conta ao estabelecer um plano de tratamento para o linfoma
não-Hodgkin são os seguintes:
Se o linfoma é indolente ou agressivo
O tipo de linfoma
O estadiamento do linfoma
O tratamento para o linfoma não-Hodgkin indolente
O tratamento para o linfoma não-Hodgkin agressivo
O tipo de linfoma
O estadiamento do linfoma
O tratamento para o linfoma não-Hodgkin indolente
O tratamento para o linfoma não-Hodgkin agressivo
O quadro seguinte apresenta os tipos principais de linfoma não-Hodgkin, se indolentes e agressivos
Linfoma
não-Hodgkin indolente
|
Linfoma
não-Hodgkin agressivo
|
Linfoma
folicular
|
Linfoma
difuso de grandes células B
|
Linfoma
difuso de pequenas células
|
Linfoma
de células do manto
|
Linfoma
MALT
|
Linfoma
linfoblástico
|
Linfoma
de pequenos linfócitos
|
Linfoma
primário do mediastino de grandes células B
|
Macroglobulinemia
de Waldenstrom
|
Linfoma
de Burkitt
|
Os tipos abrangidos
por cada classificação podem variar significativam ente e, muitas vezes,
os tratamentos são diferentes para um mesmo tipo.
O TRATAMENTO
NO LINFOMA NÃO-HODGKIN
O tratamento a administrar no linfoma
não-Hodgkin é escolhido caso a caso. Depende de diversos factores,
designadamente se a doença foi recentemente diagnosticada ou recidivou/recaiu,
se é um linfoma indolente ou agressivo, o seu estadio, o tipo, o estado geral
do doente, a sua idade e as suas necessidades e desejos.
Durante muitos anos, o principal
tratamento do linfoma não-Hodgkin foi a quimioterapia. Hoje em dia, a
quimioterapia é muitas vezes combinada com a terapêutica com anticorpos
monoclonais, que por vezes também pode ser administrada isoladamente.
A radioterapia pode ser útil quando a
doença está confinada a uma ou duas áreas do corpo. A quimioterapia em doses
elevadas é outra opção terapêutica para alguns doentes. No entanto, esta também
destrói a medula óssea , que deve ser restaurada através de células estaminais
transplantadas .
Alguns doentes com linfoma
não-Hodgkin indolente não apresentam sintomas inicialmente e não necessitam de
tratamento imediato; a esta abordagem dá-se o nome de 'observar e esperar'.
Antes de se poder iniciar o
tratamento, é importante determinar, para além do seu estadio, se o linfoma é
indolente ou agressivo. Este processo implica a realização de exames
laboratoriais e uma biópsia aos gânglios linfáticos afetados Para
mais informações veja Consultas de diagnóstico e exames.
É preferível esperar até que os
resultados dos exames estejam disponíveis antes de se tomarem decisões finais
sobre o tratamento a administrar. Pode parecer que com a realização destes
exames se está a adiar desnecessariamente o tratamento, mas qualquer ligeiro
atraso será devidamente compensado pela administração do tratamento correto.
O doente pode ter muitas dúvidas ou
perguntas a fazer à equipa médica sobre o seu tratamento e a probabilidade de
sucesso. Em vez de tentar lembrar-se das perguntas durante a consulta, é
preferível pensar nelas de antemão.
Para sugestões sobre as perguntas
típicas do doente com linfoma não-Hodgkin durante o seu tratamento, consulte Perguntas a fazer
ao médico.
NO DIA 26/01/1913, COMEÇO MEU TRATAMENTO.
Uma semana apos o principio da quimioterapia, estou cheio de energia, feliz!!